quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Jardim das Mentiras - Eileen Goudge

Numa sombria noite de julho, em 1943, Sylvie Rosenthal dá à luz uma menina morena, filha de seu amante Nikos. Atormentada pelo medo de que seu marido, mais velho e muito rico, venha a abandoná-la e aproveitando-se de uma trágica oportunidade do destino, ela troca a filha por uma menina loura, cuja mãe acaba de morrer no incêndio que ameaçava destruir o hospital.
Rose, a verdadeira filha de Sylvie, cresce numa pobreza digna, cuidando de uma avó detestável. Luta para ser advogada, sob a orientação do brilhante e afetuoso Max Griffin, que a ama com uma paixão que levará anos para ser declarada. Rachel, criada como filha de Sylvie numa elegante mansão, dedica sua vida à medicina. Marcada por uma decepção amorosa, ela se apresenta como voluntária pra servir no Vietnã, onde luta para salvar a vida de um soldado e acaba se apaixonando pelo único homem que jamais deveria ter conhecido.






Gostei muito deste livro. A trama é bastante envolvente. O romance possui cerca de 560 páginas e não dá vontade de parar de ler!!! A cada página você tem a sensação de estar participando da história. Sou um pouco suspeita para falar sobre isso, pois quando leio um livro instigante é como se eu fizesse uma viagem por suas páginas. Mas vamos à trama.
Este livro, ao contrário de “A última dança”, um romance mais recente da mesma autora, realmente faz jus ao nome. A história começa em 1943 e termina por volta de 1975, passando pela guerra do Vietnã que é quando o impensável acontece e causa uma reviravolta na trama. O romance constituído de um emaranhado de mentiras. Sylvie e Rachel tornam-se reféns de suas próprias mentiras das quais a pobre Rose é a principal vítima. De certa forma, Brian também é vítima das mentiras. Mas para fazer do romance uma teia de mentiras, até as personagens secundárias como a avó de Rose e sua irmã Marie também escondem segredos capazes de transformar a vida de Rose. Gostei muito também da forma como são apresentados os outros personagens que, ao final, serão indispensáveis, como David e Max. A princípio, dá a impressão de que eles serão meros coadjuvantes, mas no decorrer da história você percebe o quanto eram fundamentais para o desfecho da trama. O romance é constituído por três partes e, é nesta última, que a maior parte dos segredos são revelados e acontece uma “reviravolta” na história. É quando acontece o julgamento de Rachel.
O final é que eu acho que deveria ter sido melhor. Não quero desanimar ninguém, mas acho que nunca concordamos totalmente com o final, não é mesmo? Acho que ele deveria ser mais “completo”. Para justificar ainda mais o título, o romance termina com uma mentira que permanece. As mais fortes, é claro são reveladas, mas ainda fica uma. Talvez a mais fraca e inofensiva de todas... mas ela continua...
Ah!... Uma coisa que também gostei muito é o fato do livro nos mostrar que muitas vezes pensamos que amamos uma pessoa, que ela é nossa alma gêmea e sofremos muito por ela. Mas isso nos impede de perceber que nosso verdadeiro amor está mais próximo de que imaginamos....

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