quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A busca pela felicidade

A vida é algo maravilhoso, mas viver, às vezes, é muito difícil. E, na maioria das vezes somos nós que a tornamos mais difícil na medida em que nos tornamos seres hipócritas, incapazes de dar atenção ao próximo, àquela pessoa que está ao nosso lado, numa situação corriqueira, mas que, por nosso excesso de hipocrisia, não damos ao trabalho de sequer estender-lhe um mero sorriso. Sempre pensei nisso, mas um fato que me ocorreu fez refletir melhor sobre o assunto e mudou minha forma de ver as relações humanas.
Era uma tarde de sexta-feira. Nem tão tarde, pois havia passado pouco da hora do almoço. O sol estava radiante. No céu, poucas nuvens. Era verão.
Entrei em uma lanchonete para um “fast food”. Estava com muita fome, mas queria algo mais saudável. Então pedi um sanduíche natural e uma Coca-Cola. Estava fazendo o lanche quando, ao meu lado, sentou uma moça loira, por sinal muito sorridente. Enquanto fazia o pedido, ela começou a conversar comigo sobre a cidade, o lanche, a vida.
Durante a conversa, que durou cerca de oito minutos, conversamos sobre diversos assuntos, entre eles, o que mais me chamou a atenção. A jovem mulher começou a contar-me um pouco de sua vida, de seu namoro de oito anos que se acabou. Então, ela me falou algo que, posso dizer, foi uma das coisas mais importante que ouvi em minha vida: que muitas vezes na vida precisamos abrir mão daquilo que gostamos para sermos felizes. PRECISAMOS ABRIR MÃO DAQUILO QUE GOSTAMOS PARA SERMOS FELIZES. Parece estranho e paradoxo, mas é a mais pura verdade. Às vezes, somos felizes (ou achamos que somos), mas para alcançarmos uma felicidade maior, é necessário deixar de lado o que temos para almejá-la.
Uma outra grande verdade, dita a mim pela referida mulher, é que muitas vezes não damos valor ao que temos e somos extremamente egoístas ao entrarmos em um recinto e sequer olhar para a pessoa que está ao nosso lado. E é verdade. Na correria do dia-a-dia deixamos passar despercebida a companhia do nosso semelhante, aquela pessoa que senta ao seu lado em um ônibus ou lanchonete, ou até mesmo aquela que está à sua frente na fila do banco. É por isso que muitas vezes nos sentimos deprimidos e solitários. Por que sentimos vergonha de sorrir para o desconhecido que está ao nosso lado? Por que não temos coragem de lhe dizer um “Bom dia!”? Ou por que sentimos medo de sermos mal interpretados, confundidos com um assaltante querendo se fazer de bonzinho? O certo é que, enquanto não mudarmos nossas atitudes não seremos capazes de celebrar o maior dom da vida: a FELICIDADE.
A moça se despediu com um largo sorriso, dando-me seu endereço para visitá-la em sua cidade. Em seguida levantou-se e se foi. Mas me deixou esse grande ensinamento: não devemos ter vergonha de ser feliz...
 

Patricia Moura

Um comentário:

  1. Oi Patrícia! Estou passando para avisar que já coloquei o seu blog lá na Retrospectiva Literária. :) Obrigada por participar! \o/
    Que blog belo vc tem!!
    Beijos!

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